No momento eu só quero ser feliz.
Como dizer em palavras
que estou plantando
um mundo melhor para meus filhos?
Procuro em minhas perdas
um mover-se mais seguro...
mais ainda sou "metamorfose ambulante",
querendo esquecer das certezas,
das verdades únicas, do imutável...
Vivemos diante de situações inéditas,
algumas mutantes;
centenas, previstas.
Os poetas não se decidem
Os padres não mais orientam
As vozes que mais se calam!
Mesmo entendendo o que me diz,
fixo meus pés no chão duro...
Como me alcançar? Lá em cima tudo é longe.
Como me soltar? Se fico livre, voo sem direção...
Quem vem para segurar? Lá do céu
despenco feito a pipa
que o menino
não controla.
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In: BENEVIDES, Araceli Sobreira. O chamado - ou um cântico para a liberdade. 2ª ed. São Paulo: Scortecci, 2008. p.36.
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