Infelizmente, nós, pais, não podemos viver pelos filhos, no lugar deles.
Cada filho toma um rumo diferente daquele que esperávamos.
Pais sonham com a futuro promissor dos filhos.
Pais sonham com as conquistas dos filhos. Muito embora cada pai e cada mãe deseje o melhor para eles, nenhum consegue segurá-los com correntes nem determinar qual a melhor trilha para ser seguida, experienciada ou vivida.
Pais e mães podem se libertar da obsessão do controle efetivo dos filhos para garantir uma caminhada segura e tranquila.
Já os filhos precisam e devem sofrer. Precisam e devem viver desafios que os tornem maduros e seguros de si.
Sofrimento vem. Lágrimas virão. Escolhas trazem suas próprias consequências. Histórias de vida são tecidas por trilhas. Pais e mães viveram suas trilhas. Cada um chegou a ser o que é, independente daquilo que seus próprios pais sonharam. Entre abraços, beijos, cuidados, comidinhas especiais, quartos limpos, mesada, não há como evitar a violência, a falsidade, a dor e as lágrimas que a vida produz.
Ótimo mesmo era ter um mundo cor de rosa e iluminado. Porém, isso não existe na vida real. Sem sofrimento, nossos filhos não saberão se defender. Se cada um levar para o mundo a lanterninha que cada pai e mãe (ou avó, avô, responsável, como convém ao mundo de hoje) lhe deu para se orientar na vida...a própria corrente da vida traçará os percursos adiante...
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