quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

No lugar de mãe...para um pai que chora...

Infelizmente, nós, pais, não podemos viver pelos filhos, no lugar deles.
Cada filho toma um rumo diferente daquele que esperávamos. 
Pais sonham com a futuro promissor dos filhos.
Pais sonham com as conquistas dos filhos. Muito embora cada pai e cada mãe deseje o melhor para eles, nenhum consegue segurá-los com correntes nem determinar qual a melhor trilha para ser seguida, experienciada ou vivida. 
Pais e mães podem se libertar da obsessão do controle efetivo dos filhos para garantir uma caminhada segura e tranquila.
Já os filhos precisam e devem sofrer. Precisam e devem viver desafios que os tornem maduros e seguros de si. 
Sofrimento vem. Lágrimas virão. Escolhas trazem suas próprias consequências. Histórias de vida são tecidas por trilhas. Pais e mães viveram suas trilhas. Cada um chegou a ser o que é, independente daquilo que seus próprios pais sonharam. Entre abraços, beijos, cuidados, comidinhas especiais, quartos limpos, mesada, não há como evitar a violência, a falsidade, a dor e as lágrimas que a vida produz. 
Ótimo mesmo era ter um mundo cor de rosa e iluminado. Porém, isso não existe na vida real. Sem sofrimento, nossos filhos não saberão se defender. Se cada um levar para o mundo a lanterninha que cada pai e mãe (ou avó, avô, responsável, como convém ao mundo de hoje) lhe deu para se orientar na vida...a própria corrente da vida traçará os percursos adiante...


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