A
saia longa escondia a perna torta da mulher que pintava
a dor de si ...
Amarelo
luz para o sangue da vida
Vermelho
ardente para jornada dos pés que não se moviam
Azul
dureza das paredes nuas que não abriam para o ar
O
marrom velho da pele antiga
chega
a doer no toque leve
dos
dedos rígidos.
Um
preto de olhos, de pelos, de cruzes
Armam
os registros
Coloridos,
insanos, transbordando
Humanas
carícias mexicanas
Na
cama ardente.
As
costas nuas, coisa simples, osso apenas,
Insiste
em moer por dentro,
Pelos
ossos, pela emoção que se arrebenta em peitos
Vazados
sem leite...
Ai,
Frida! Ai, Frida, como não sair dura
De
suas passagens, travessias, sonhos – ferramentas
enterradas
nos mil rostos iguais que tantos
traços
misturam e congelam em molduras?
Em 15 de fevereiro de 2014....
Imagem retirada de : http://www.zupi.com.br/exposicao-de-fotografias-de-frida-kahlo-vem-ao-brasil/
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