domingo, 23 de novembro de 2008

Araceli Sobreira


Quisera eu deixar
de ser formiga,
poderia cigana virar,
cair na vida...
Ser só gente,
pensar nuvens, mundo, ser só ponte, fluido
atravessar ruas sem sentido.
Quisera eu ser inocente,
leve, luz radiante,
tempo ausente
ao luar do sertão, fina chuva –
sem nada na mão...
Quisera eu cigana ser,
cantar o dia, viandante,
flutuar na vida, espairecer,
somente feliz amante
a dormir no inverno, tranqüila
tal qual uma menina.

Em 05/08/2007.

2 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

pureza e altivez...
uma menina feita de poesia...

beijos...

Iara

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

obrigada,

Iara, o menina é ótimo...isso é uma parte de minha alma...

Abração,