Quantos passos
dei em volta deste campo
fechado?
Rosnei, voltei,
ralei meu pêlo arrepiado
nas cascas das árvores do velho bosque.
Tinha pressa, tinha ânsia,
minhas narinas abriam-se,
fungando ares quentes.
Quantos passos ainda dei nessa espera?
Idas e vindas que fazem o que sou:
pantera negra à espera do meu caçador.
(Ele se demora,
prometeu em seu olhar de homem perdido
e alucinado...caçar-me em noite de lua.
Onde está, então?)
Imagem => Pesquisa Google: arquivosdoinsolito.blogspot.com/2008_09_01_ar...
9 comentários:
belíssimo poema!
[hão de vir luas e céus negros e misteriosos, quais ônix, verás...]
Obrigada!
Um beijo da El
Cara Araceli,
Um poema muito, muito interessante. Você dá voz a um animal, e um animal ferocíssimo, que deseja ser abatido. Uma inversão de valores, em que o animal é humanizado. Um abraço.
dentro da poesia. voz de fera afiada.
beijos...
Pois é, pessoal, a fera ainda está esperando...
Araceli e seu hábito de se superar,adoro como cantas a mulher e fazes bem.este poema apresenta uma das façes femininas que mais gosto o de fera ,mas que ama que sonha que espera e justamente por isso se faz ser,se tratando de realização, um dos mais bem sucedido da natureza.Se temos a capacidade de sonhar temos a de realizar.
neste literalmente,você arrepiou...
tudo bem pode rir,estou extasiada.
Muito bom seu blog. parabéns, os felinos entre todos os animais, são os meus preferidos, http://odval.fotoblog.uol.com.br
Araceli, estive por aqui. Parabéns pelos escritos. Gosto muito das fotos. Luiz Assunção.
sim... o mistério...
Il semble que vous soyez un expert dans ce domaine, vos remarques sont tres interessantes, merci.
- Daniel
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