domingo, 25 de setembro de 2011

Por quem transborda minha alma?

Esvaziar a alma
Introduzindo nela um novo.
É preciso um ritual,
Uma passagem...
Deixar sair tudo,
Abrindo caminho
Para o susto,
O espanto...

Esvaziar a alma
Abrindo para ela um novo espaço.
É preciso o silêncio,
O compromisso,
A pergunta fundamental:
O que eu quero pôr nessa alma?

Amor?
Deus?
Vidas, sonhos, imagens?
Reminiscências, morte, canto?
Minha casa no sertão, bois à sombra, poço profundo?
Tudo ou Nada?
Vento, terra, olhos, corpos?

Dela tirei tudo e estou nua...

Preciso de um coração novo,
Preciso de uma morte serena,
Calma, intraduzível
Para chegar até mim
E me ver de fato...

Alma sagrada, indelével, perdida em sonhos, mitos, arranjos!
Solta no além, sólida em fé, arraigada feito raiz de jequitibá...


                                                                               Em algum dia de 2009.


 *   *   *


Quadro: Picasso - Fonte: Google Imagens




*   *  *

32 comentários:

Anônimo disse...

Sabe, hoje eu ainda estava pensando sobre o que vc escreveu, esvaziar e dar espaço em mim mesma. Algumas vezes é tão necessário e muitas vezes tão difícil. Mas o novo (mesmo que não tão novo)pode ser indescritível!

Me apaixonei por suas palavras! Lindo!

Beijo

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Oi, Cássia,

Que bom que o texto lhe atingiu...gosto de textos que me comovam! Obrigada pela visita! abraço

Daniel Andrade disse...

Lindo poema, estou precisando mesmo de um pit stop na alma

Esoj.Otrebor disse...

Um lindo poema, as vezes penso em esvaziar minha alma e deixá-la vagar para encontrar meu verdadeiro EU,tenho andado meio a tôa e tão largado, já não vejo graça em nada...
ler teu poemas me fez refletir. Lindo versejar. Parabéns mesmo. Deus te ilumine, hoje e sempre.

Luiz Neves de Castro disse...

Poema de pegada firme, escrito com alma para a alma. Há muitas nuances filosóficas na pergunta: O que eu quero pôr nessa alma?

Beijo e abraço afetuosos

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

D. Everson, Esoj.Otrebor e Luiz Neves,

Pouco estudei sobre Filosofia, mas tenho uma queda muito grande pelas questões filosóficas que nos rondam: as questões simples da existência...ainda não tenho as respostas, só as perguntas! Abraço.Araceli

Domingos Barroso disse...

É uma profunda catarse,
epifania de si mesmo.

Belo.

Carinhoso abraço.

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Pois é, Domingo Sávio, relendo meu livro (esqueci de dizer que este poema está no livro "O chamado - ou um cântico para a liberdade") e poemas de outras épocas, percebi que já gosto de falar no tema "alma". Recentemente uma amiga, após ler o livro, citou também essa catarse, chamando a atenção para o sagrado e o profano que coloco nas palavras. Nem eu havia percebido isso antes...agora quero entender o que "essa alma" tanto me provoca! Abraço,

Casal 20 disse...

Menina, que blog lindo!

Já estou te seguindo.

Obrigado pelo comentário lá no blog da Rô.

Abraços sempre afetuosos.

Lúcy Jorge disse...

Querida Pedra, que poder ser um Diamante do Sertão!

Estou maravilhada com suas mensagens, amei!!!
Deixo o convite para visita e também me seguir.
Já estou seguindo seu abençoado espaço.
Sua mensagem irá alcançar muitas vidas, que necessitam exatamente de cada linha escrita aqui, és um instrumento nas mãos do Senhor Jesus.
Glorifico a Deus pela sua vida.

Ósculo Santo!

***Lucy Araújo***

Unknown disse...

"Desejo que você tenha no olhar,
o encantamento da vida.
Que você tenha no coração
a plenitude do amor.
Que você acredite
na grandeza de Deus,
no destino do mundo,
na beleza da vida,
nos sonhos, na esperança e
viva com paz e amor.

Muita luz e paz no seu Fds!!! M@ria

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Rô, Lucy e Maria,

Grata pelas visitas iluminadas de vocês, o Pedra do Sertão gosta muito de gente assim: alegre, cheias de humor e alto astral, como vocês! Abraço...

Araceli

Danielle Martins disse...

Difícil tarefa esse, querida, mas com a certeza de dias melhores...
Bjs e bom final de semana!

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

É assim mesmo, Araceli,vez em quando percebemos que precisamos renovar, "retirando" da alma alguns elementos, substituindo-os devidamente...por outros...
Belo texto!
Um abraço
Lúcia

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

Araceli, queria saber mais de seu avô português, Manuel sobreira. Tive um professor chamado Álvaro Sobreira,na década de 1950...quem sabe, era seu tio?
Um xêro, amiga
Da lùcia

Zilani Célia disse...

Oi Pedra do sertão!
Em teus versos, clamas por mudanças, de corpo alma e coração.
Vou te seguir e te visitar, espero-te também.
http://zilanicelia.blogspot.com/
Abrçs

Vær våken disse...

Thanks for your nice comment and have a lovely week!

Love, Kristin

ANTONIO NAHUD disse...

Belo poema!
Cumprimentos cinéfilos

O Falcão Maltês

Fred Caju disse...

Picasso combina com tudo.

Anônimo disse...

Poema maravilhoso...
Parabéns!
Beijo no coração.

www.pedradosertao.blogspot.com disse...

Danielle, Cely, Zilani, Maria, Lúcia,Kristin, Fred, Antônio, tantas visitas em uns diazinhos que nem pude vir aqui, para dar um alô.Como sinto falta de mais tempo...hoje estive mergulhada em um evento em que aprendi muito sobre o papel do leitor na construção do sentido das obras literárias.

Alguns comentários fazem isso: estimulam que eu busque mais: um jeito melhor, um tom mais acurado...e por aí vamos: eu e vocês, leitores do Pedra!

Grande abraço,

Araceli

Ives disse...

Uau, olha, amei sua poesia. Lindo blog, me fez lembrar de um livro lindo do Euclydes da Cunha que li a algum tempo já, que falava sobre o sertão. Gostaria de segui-la, se permitir... abraços

Giovanna disse...

Oi Cássia, como é bom ter o discernimento de poder esvaziar nossa alma com coisas que não nos agrada e depositar nelas outras riquezas... é um exercício difícil de ser feito, mas quando temos a sabedoria de Deus, somos orientadas em ter apenas o que nos agrada e agrada a Deus...sempre é bom renovar, sentirmos novo novamente,a alma agradece esses momentos de pura ousadia ornamentada com arranjos quem sabe do seu sertão que creio que teve ter lindas e ricas paisagens.
Passei pra conhecer e gostei de sua escrita. estarei mais vezes por aqui.
Deixe te abraços de ventos gelados da brisa de outono que nos roda por aqui.
Giovanna

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

E quantas vezes
descobrimos
que o coração novo,
é sempre o mesmo
velho coração a
nos habitar?


Que os sonhos te habitem
o coração, sempre...

ANTONIO NAHUD disse...

Olá, amiga, o Falcão está em festa. Um ano de aniversário.
Apareça por lá e brinde conosco.
Abraço bom,

O Falcão Maltês

RosanAzul disse...

Olá Cássia, gostei do teu poema!
Lembrei de um ensinamento: "Não se constrói nada em novo em cima do velho"...
Parabéns por esta bela construção poética! Um abraço e bom domingo!
Rosana

RosanAzul disse...

Ops... me perdoe... Eu não sei o teu nome... Lí o "olá Cássia"... não vi que era a resposta a outro comentário, me perdoe...
Rosana

jorge vicente disse...

ah, Amiga, quanta Vida nesse teu poema!!!

um abraço de portugal!
jorge

ClauduArte Sa disse...

Oi poeta, gostei muito do seu poema
A Formiga e a Cigarra. Eu gostaria de saber se voce se interessa que eu o musique.
ClauduArte Sa
clauduartesa@gmail.com

Ianê Mello disse...

Retribuindo sua calorosa visita e conhecendo sua Pedra do Sertão, que na verdade permeia-se em líquidos que revitaliza-na.
Belo poema!
Acredito que nós somos não apenas esse corpo físico que aqui está em mera passagem pela terra, sendo este um mero invólucro para a nossa alma.
Assim, vivamos a cada momento procurando nos aperfeiçoarmos, pois para isso aqui estamos, contribuindo para nossa evolução espiritual.

Um fraternal abraço.
NAMASTÊ!!!

Unknown disse...

Muito bom!
Beijos!

Anônimo disse...

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