Ontem me vi
varrendo areias,
segurando ventos,
sozinha entre os
lenços
a esconder meu rosto.
Sacrifício desumano
nos respingos do sol
numa imensidão de dunas
solidão de olhos negros...vazios.
O chão ardia e
era eu ali
amortecida no calor
a afundar os
pés...três para frente, cinco para trás.
A terra a prender
minha caminhada.
Desde quando eu
percorro
quintais esquecidos?
Quando alguém jogou um
copinho
neste imenso areal?
Em 20.01.2013
* * *
Imagem: Pesquisa Google: http://sosleitoresmurca.blogspot.com.br/2010/05/mulher-no-deserto.html#links
*
6 comentários:
Varrer areias em meio a uma solidão... é tão frutífera esta situação. Talvez cresçamos com ela...
Adorável poema.
Um abraço!!!
Há tanta coisa no meio da areia, Pedra. Mesmo a areia...
Abraços de saudade.
Gilson.
Li o Poema ouvindo "Sob o Efeito de um Olhar", ficou lindo, parabéns!!
http://sargentofreitas.blogspot.com
Gostei do seu texto! E obrigada por me visitar de vez em quando e deixando comentários. Vozespoeticasdacaatinga precisa de sua voz!
Nesta seca! te envio a beleza das flores secas( elas são lindas!)Olhe para elas!
Parabéns Araceli pelo belissimo trabalho é um grande orgulho pra eu ter uma professora como vc.
Parabéns Araceli pelo belissimo trabalho é um grande orgulho pra eu ter uma professora como vc.
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